quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Um Ilustre Filho de Alto-Longá-Piauí: Francisco de Assis Campos Saraiva!



Da pequenina Cidade de Alto-Longá-Piauí, distante 68 km da Capital Teresina, limites com Altos, Campo Maior, Beneditinos, São João da Serra, Prata, dentre outros, inicialmente conhecida como Vila dos Humildes; mudando sua denominação através do Decreto Lei nº 08 de 20 de Janeiro de 1890 a Alto-Longá. O  Decreto refere-se ao Rio Longá e sua nascente, cidade vinculada à história do Rio Gameleira a nascente do Rio Longá, Caiçara, Canudos, Jenipapo, Mulato, Poty e a bela cachoeira Campeira.
Cidade de ilustres filhos, que muito a amam. Destaco neste dia, um ilustre filho desta terra, filho de Cantídio Saraiva de Siqueira e Maria dos Humildes Campos Saraiva, irmão dileto de minha mãe Walmira Campos Saraiva Costa. Ele como muitos outros longaenses parte pra outras terras desse Brasil em busca de conhecimento e trabalho. Forma uma linda família com Maria das Neves Madruga Saraiva e os seus filhos e netos. 
Privou-nos de uma convivência cotidiana, porém sua amizade é sentida e percebida por todos nós.
Hoje 29 de Agosto é o seu aniversário,  o que fazer para lhe homenagear? Dizer de alto e bom tom do carinho, da amizade, da admiração, do respeito, e do privilégio de ser sua sobrinha. Da sua inteligência lúcida vou destacando trechos de alguns dos seus artigos representando o seu labor na escrita, e aproveito para reverenciar ao Divino Pai, por nos ter permitido conviver com você e sua família, exemplo de um homem obstinado, leal e fervoroso, dentre tantas outras virtudes.
Vão para o seu coração os versos de Cora Coralina:

“Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”


Seguem os trechos dos Artigos por ele escrito, representando a sua lúcida inteligência e memória :

“A aniversariante de hoje é Ticiana Area Leão, que hoje, goza do carinho das pessoas que estão em sua volta. É uma doce criataura, advogada, que exerce a profissão condignamente, tornando-se merecedora dos aplausos de todos que com ela convivem harmonicamente.” – Francisco de Assis Campos Saraiva.


“Diz o adágio, que a saudade não mata mas sepulta um coração em vida. A presença de minha querida e saudosa irmã Walmira Saraiva aqui na terra, foi como um meteoro que fez brilhar os céus de nossa terra, deixando para seus pósteros os mais nobres exemplos de dignidade, retidão, pontualidade, espírito de renúncia e de amor ao próximo como dádiva maior. ”-Francisco de Assis Campos Saraiva

“No calendário assinalava 23 de Junho de 1945, um dia de sábado, véspera de São João, festivamente comemorado no Nordeste, talvez mais ainda do que hoje. Fui levado por minha Mãe, Senhora Maria Humildes Campos Saraiva, carinhosamente chamada de D. Marica Saraiva, para conhecer a Campeira, cuja propriedade à época lhe pertencia. Ali chegava pela primeira vez, para conhecer a Campeira, que, apesar de humilde como me pareceu, deixou-me deslumbrado pelo que de atraente ali existia. Uma casa de campo singela, com pote contendo água fria e os copos de alumínio brilhando, ao agrado dos visitantes que chegavam pra matar a sede. O vaqueiro residente era o Senhor Cecílio Albino Farias e sua distinta esposa Senhora Santana Albino Farias, carinhosamente chamada de D. Santa e um casal de filhos, Luís Albino Farias, com 12 anos e o Odorico Albino Farias, com idade compatível à minha, que completava oito anos em agosto que estava chegando. D. Santa, com aquela hospitalidade distinta, nos aguardava com um farto jantar, acompanhado de milho verde, pamonha, canjica, melancia, macaxeira e outras iguarias da época, cultivadas na roça do casal, que fazia fartura de ano para ano, agradando os viandantes que por ali passavam.” - Francisco de Assis Campos Saraiva.


“Natal simboliza uma data sublime, porque é o dia em que se comemora o Nascimento de Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, que deu sua vida pela nossa redenção e salvação. É um momento de união fraterna no seio da família, em que cada pessoa procura se redimir, perdoando e sendo perdoada pelas coisas ruins que aconteceram. Contudo, há necessidade de mútua compreensão e espírito de renúncia recíproca, permitindo que os erros e as imperfeições de cada irmão sejam esquecidos, num clima de harmonia e fraternidade que alegra a todos. Porém, o anfitrião deste dia ímpar é o Senhor Jesus, o nosso Salvador.” – Francisco de Assis Campos Saraiva.


“O dia amanheceu alegre e festivo. E aí vieram as lembranças cristalinas desta data tão importante para nós. O Brasil e, especialmente o Nordeste, lembravam com veemência os cem anos de nascimento de LUIZ GONZAGA DO NASCIMENTO, que cantou e encantou a soberania de nossa Pátria, e o lamento do meu Nordeste sofrido. Uma voz encantadora que ecoava vibrante em todos os rincões de nossa Pátria. Era a promessa Divina que se cumpria para a redenção de nosso povo e a felicidade geral de nossa gente.  Que maravilha! Neste dia singular assinala, também, a data de nascimento de MATHEUS HENRIQUE MADRUGA SARAIVA DE PAULA, nosso primeiro neto, que veio ao mundo cheio de graça guiado pela promessa fiel de nosso Criador. O ano era o de 1994 e, provavelmente, no mês de abril. O casal ADRIANA KELLY MADRUGA SARAIVA DE PAULA, minha boa filha e o esposo JORGE ANTÔNIO DE PAULA, me dava à notícia de que eu seria avô pela primeira vez. Fiquei deveras contente, contudo, procurei conter os ânimos e serenar o sentimento forte que tomava conta de mim.” –Francisco de Assis Campos Saraiva.



"Parabéns, meu dileto amigo, pela sublime data que hoje ver passar. E num repasse de memória, me transportei para os meados da década de quarenta em que vivíamos naquela terra bendita de Alto Longá, na época, uma pobre cidade carente de tudo no sofrimento de todos. Vivíamos isolados sem estrada e sem abastecimento e a carência de sobrevivência era penosa a toda prova. Todavia, existia irmandade, fraternidade e amor a Deus sobre todas as coisas e os obstáculos paulatinamente iam sendo vencidos. À época éramos crianças ativas que se empenhavam a todo custo pela melhoria de vida de nossa gente. A luta era exaustiva e as dificuldades constantes. Como era difícil ganhar alguns trocados para custear pequenas despesas de todo garoto que anseia: Pirulito, chocolate, bombons, a broa, o pé de moleque e outras iguarias da petizada da época." -Francisco de Assis Campos Saraiva.


"Acordei cedo como de costume e após a oração matutina diária, saí navegando pelos horizontes do tempo e me vi de férias em Alto Longá, meu venerando berço, na residência de Walmira Saraiva, minha saudosa irmã e seu esposo Pedro Henrique. Era junho de 1964. Na sala onde me encontrava, surge uma criança ativa, precocemente desenvolvida, de linda aparência e inteligência brilhante. Foi o nosso primeiro contato desde o seu nascimento. Com ela me abracei carinhosamente, por ser a filha primogênita do casal e minha primeira sobrinha. Daí a emoção que senti naquele instante luminar da feliz ocasião. Pequenina, encontrava dificuldade em algumas palavras que proferia, porém era meiga, desinibida e cativante na apresentação que fazia. Orientada pela mãe, cantou elegantemente e declamou poemas, como se fosse numa demonstração teatral para um público seleto. Fiquei deveras envaidecido e encantados estavam os pais ali presentes. Centelha Divina manifestada naquela doce criatura de porte angelical, como dádiva perene do Criador." –Francisco de Assis Campos Saraiva.



Salve o 29 de Agosto de 2013. -  Com todo o nosso carinho: Maryneves, Ticiana, Diego e Davis Henrique.