Da pequenina Cidade
de Alto-Longá-Piauí, distante 68 km da Capital Teresina, limites com Altos,
Campo Maior, Beneditinos, São João da Serra, Prata, dentre outros, inicialmente
conhecida como Vila dos Humildes; mudando sua denominação através do Decreto
Lei nº 08 de 20 de Janeiro de 1890 a Alto-Longá. O Decreto refere-se ao Rio Longá e sua
nascente, cidade vinculada à história do Rio Gameleira a nascente do Rio Longá,
Caiçara, Canudos, Jenipapo, Mulato, Poty e a bela cachoeira Campeira.
Cidade de ilustres
filhos, que muito a amam. Destaco neste dia, um ilustre filho desta terra,
filho de Cantídio Saraiva de Siqueira e Maria dos Humildes Campos Saraiva,
irmão dileto de minha mãe Walmira Campos Saraiva Costa. Ele como muitos outros
longaenses parte pra outras terras desse Brasil em busca de conhecimento e
trabalho. Forma uma linda família com Maria das Neves Madruga Saraiva e os seus
filhos e netos.
Privou-nos de uma convivência cotidiana, porém sua amizade é sentida e percebida por todos nós.
Privou-nos de uma convivência cotidiana, porém sua amizade é sentida e percebida por todos nós.
Hoje 29 de Agosto é o
seu aniversário, o que fazer para lhe
homenagear? Dizer de alto e bom tom do carinho, da amizade, da admiração, do
respeito, e do privilégio de ser sua sobrinha. Da sua inteligência lúcida vou
destacando trechos de alguns dos seus artigos representando o seu labor na
escrita, e aproveito para reverenciar ao Divino Pai, por nos ter permitido
conviver com você e sua família, exemplo de um homem obstinado, leal e
fervoroso, dentre tantas outras virtudes.
Vão para o seu
coração os versos de Cora Coralina:
“Não sei se a vida é curta ou longa
para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o
coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
Seguem os trechos dos Artigos por
ele escrito, representando a sua lúcida inteligência e memória :
“A aniversariante de hoje é Ticiana
Area Leão, que hoje, goza do carinho das pessoas que estão em sua volta. É uma
doce criataura, advogada, que exerce a profissão condignamente, tornando-se
merecedora dos aplausos de todos que com ela convivem harmonicamente.” –
Francisco de Assis Campos Saraiva.
“Diz o adágio, que a saudade não mata
mas sepulta um coração em vida. A presença de minha querida e saudosa irmã
Walmira Saraiva aqui na terra, foi como um meteoro que fez brilhar os céus de
nossa terra, deixando para seus pósteros os mais nobres exemplos de dignidade,
retidão, pontualidade, espírito de renúncia e de amor ao próximo como dádiva
maior. ”-Francisco de Assis Campos Saraiva
“No calendário assinalava 23 de Junho
de 1945, um dia de sábado, véspera de São João, festivamente comemorado no
Nordeste, talvez mais ainda do que hoje. Fui levado por minha Mãe, Senhora
Maria Humildes Campos Saraiva, carinhosamente chamada de D. Marica Saraiva,
para conhecer a Campeira, cuja propriedade à época lhe pertencia. Ali chegava
pela primeira vez, para conhecer a Campeira, que, apesar de humilde como me
pareceu, deixou-me deslumbrado pelo que de atraente ali existia. Uma casa de
campo singela, com pote contendo água fria e os copos de alumínio brilhando, ao
agrado dos visitantes que chegavam pra matar a sede. O vaqueiro residente era o
Senhor Cecílio Albino Farias e sua distinta esposa Senhora Santana Albino
Farias, carinhosamente chamada de D. Santa e um casal de filhos, Luís Albino
Farias, com 12 anos e o Odorico Albino Farias, com idade compatível à minha,
que completava oito anos em agosto que estava chegando. D. Santa, com aquela
hospitalidade distinta, nos aguardava com um farto jantar, acompanhado de milho
verde, pamonha, canjica, melancia, macaxeira e outras iguarias da época,
cultivadas na roça do casal, que fazia fartura de ano para ano, agradando os
viandantes que por ali passavam.” - Francisco de Assis Campos Saraiva.
“Natal simboliza uma data sublime,
porque é o dia em que se comemora o Nascimento de Jesus Cristo, o Filho
Unigênito de Deus, que deu sua vida pela nossa redenção e salvação. É um
momento de união fraterna no seio da família, em que cada pessoa procura se
redimir, perdoando e sendo perdoada pelas coisas ruins que aconteceram.
Contudo, há necessidade de mútua compreensão e espírito de renúncia recíproca,
permitindo que os erros e as imperfeições de cada irmão sejam esquecidos, num
clima de harmonia e fraternidade que alegra a todos. Porém, o anfitrião deste
dia ímpar é o Senhor Jesus, o nosso Salvador.” – Francisco de Assis Campos
Saraiva.
“O dia amanheceu alegre e festivo. E
aí vieram as lembranças cristalinas desta data tão importante para nós. O
Brasil e, especialmente o Nordeste, lembravam com veemência os cem anos de nascimento
de LUIZ GONZAGA DO NASCIMENTO, que cantou e encantou a soberania de nossa
Pátria, e o lamento do meu Nordeste sofrido. Uma voz encantadora que ecoava
vibrante em todos os rincões de nossa Pátria. Era a promessa Divina que se
cumpria para a redenção de nosso povo e a felicidade geral de nossa gente.
Que maravilha! Neste dia singular assinala, também, a data de nascimento
de MATHEUS HENRIQUE MADRUGA SARAIVA DE PAULA, nosso primeiro neto, que veio ao
mundo cheio de graça guiado pela promessa fiel de nosso Criador. O ano era o de
1994 e, provavelmente, no mês de abril. O casal ADRIANA KELLY MADRUGA SARAIVA
DE PAULA, minha boa filha e o esposo JORGE ANTÔNIO DE PAULA, me dava à notícia
de que eu seria avô pela primeira vez. Fiquei deveras contente, contudo,
procurei conter os ânimos e serenar o sentimento forte que tomava conta de
mim.” –Francisco de Assis Campos Saraiva.
"Parabéns, meu dileto amigo,
pela sublime data que hoje ver passar. E num repasse de memória, me transportei
para os meados da década de quarenta em que vivíamos naquela terra bendita de
Alto Longá, na época, uma pobre cidade carente de tudo no sofrimento de todos.
Vivíamos isolados sem estrada e sem abastecimento e a carência de sobrevivência
era penosa a toda prova. Todavia, existia irmandade, fraternidade e amor a Deus
sobre todas as coisas e os obstáculos paulatinamente iam sendo vencidos. À
época éramos crianças ativas que se empenhavam a todo custo pela melhoria de
vida de nossa gente. A luta era exaustiva e as dificuldades constantes. Como
era difícil ganhar alguns trocados para custear pequenas despesas de todo
garoto que anseia: Pirulito, chocolate, bombons, a broa, o pé de moleque e
outras iguarias da petizada da época." -Francisco de Assis Campos Saraiva.
"Acordei cedo como de costume e
após a oração matutina diária, saí navegando pelos horizontes do tempo e me vi
de férias em Alto Longá, meu venerando berço, na residência de Walmira Saraiva,
minha saudosa irmã e seu esposo Pedro Henrique. Era junho de 1964. Na sala onde
me encontrava, surge uma criança ativa, precocemente desenvolvida, de linda
aparência e inteligência brilhante. Foi o nosso primeiro contato desde o seu
nascimento. Com ela me abracei carinhosamente, por ser a filha primogênita do
casal e minha primeira sobrinha. Daí a emoção que senti naquele instante
luminar da feliz ocasião. Pequenina, encontrava dificuldade em algumas palavras
que proferia, porém era meiga, desinibida e cativante na apresentação que
fazia. Orientada pela mãe, cantou elegantemente e declamou poemas, como se
fosse numa demonstração teatral para um público seleto. Fiquei deveras
envaidecido e encantados estavam os pais ali presentes. Centelha Divina
manifestada naquela doce criatura de porte angelical, como dádiva perene do
Criador." –Francisco de Assis Campos Saraiva.
Salve o 29 de Agosto de 2013. - Com todo o nosso carinho: Maryneves, Ticiana, Diego e Davis Henrique.