sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
15 DE OUTUBRO — DIA DO PROFESSOR...
Verdades da Profissão de Professor
“Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é
imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos,
poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o
reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que
permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de
mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso
da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.A
data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos
papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a
educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem
de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de
educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a
educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade
muda.”
Paulo Freire
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Outubro Rosa 2015!
O Outubro Rosa é um movimento internacional que visa à
conscientização sobre a importância de um diagnóstico precoce e da prevenção
contra o câncer de mama.
A partir de hoje (01), a Universidade Federal do Piauí
(UFPI) adere a Campanha "Outubro Rosa". O nome remete à cor do laço
rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a
participação da população, empresas e entidades, cujo objetivo principal é
alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e
diagnóstico precoce do câncer.
A UFPI já realiza pesquisas sobre o tema e tem feito estudos
para o desenvolvimento de fármacos que auxiliam no tratamento da doença. Com
adesão à campanha, a Instituição busca informar a comunidade interna e externa
sobre os cuidados necessários para a prevenção e diagnóstico precoce da doença.
Confira mais informações na matéria da UFPI tv:
FONTE: http://www.ufpi.br/
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Dia da Árvore! 21 de setembro! Vamos Oxigenar o Planeta!
"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da
criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus
semelhantes."
Albert Schweitzer
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
16 de Setembro de 2015 ! Aniversário de Raquel Machado Lopes de Sá Brito...
Hoje é um dia muito especial para a querida amiga,Raquel
Machado Lopes De Sá Brito,ela que é escritora,membro de diversas academias, que
escreveu obras tão ricas em amor e sensibilidade, tais como:"Sinfonia da
Vida", "O Hino do Repouso", "O Poder do Tempo",
"Ramagens do Desafio", "Reiki para a Plenitude da Vida".
Ela que segue o seu dia acompanhada de muitas manifestações de carinho pelas
boas sementes que ela sempre segue a semear!!! Afirmamos hoje para ela que a
sua chegada é bem em sintonia com a chegada da primavera. nesse período em que
as temperaturas esquentam no Piauí, para constratar Teresina fica toda colorida
carregada de cores dos ipês que enfeitam a nossa primavera. Quero reafirmar que
como a primavera você também tem o dom de reflorir os caminhos dos familiares e
amigos.De que maneira? com a sua alma poética você sabe muito bem conjugar em
forma de atitudes muitos verbos, destaco:integrar,unir e amar. Quantos
dons,amiga,querida! Aqui estamos para te dizer,que para o teu coração,te
desejamos: Saúde...Amor...e para os teus dias: Amigos e a continuidade dessa
mania linda de ter fé na vida e no Ser Humano!!!E para os amigos de Raquel de
todos os cantos deixamos um convite,:somemos nossas preces de gratidão à Deus
pela vida da aniversariante e sua caminhada de bons exemplos!!!!Bjs no teu
coração.
Por: Maryneves Saraiva
Videos da noite celebrativa em Fortaleza-Ce:
Por: Raquel Machado Lopes de Sá Brito:
Foi fantástica a comemoração dos meus 76 anos no salão de
festas do elegante prédio da nossa querida amiga Eveline Vasconcelos, que se
esmerou como anfitriã na organização da noite, contando com a dedicação e
cumplicidade das companheiras e companheiros do Grupo da Paz.
Com muito entusiasmo e criação artística estas filhas e
filhos de coração fizeram uma apresentação artística da minha coroação como
Rainha Mãe.
Senti de maneira comovente o carinho e reconhecimento de
cada Pessoa que a Divina Providência colocou no meu caminho como flores a serem
regadas com meu amor.
Foram apresentados os personagens daquele núcleo
"Realeza" e foram feitas as saudações à Sua Majestade.
A emoção culminou na minha alma com a presença do meu irmão
Marcelo que veio de Belo Horizonte e da amiga Maryneves Area Leão, vindo de
Teresina, minha terra natal.
Minha gratidão e carinho a todos estes amores da minha vida.
Artigo: CONSTERNAÇÃO. DECEPÇÕES. E ALEGRES DATAS QUE FORAM COMEMORADAS
O
mês de agosto terminou e no transcorrer do mesmo, fatos, acontecimentos e
fortes lembranças que aturdiram nossa mente, trazendo um misto de sofrimento,
consternação e alegria em alguns momentos de felicidade amenizando o horizonte
nebuloso sofrido.O mês teve início
com o aniversário, no dia 2, da criança traquinas de 80 anos, que marcou um
forte acontecimento social na capital das acácias, minha linda João Pessoa, com
uma festividade marcante a altura do merecimento do anfitrião. Este jovem de 80
primaveras é um bom amigo de anos atrás, que juntos chegamos a João Pessoa no
segundo semestre de 1956 do século passado, ele vindo de Fortaleza e eu de
Crateús, para sermos promovidos a 3º Sargento, vagas existentes no efetivo dos
Órgãos de Comando do 1º Grupamento de Engenharia. Era o início de nossa
mocidade. E assim preenchemos as vagas que nos foram destinadas. O personagem a
que me refiro chama-se Otacílio Coelho Pires, que tem uma história de vida
digna de aplausos. Em João Pessoa, o jovem Otacílio, sem nunca ter frequentado
uma Academia de dança, deu um banho de autêntico dançarino, com o charme e a
elegância do malandro moderno. Aprendeu nas noitadas alegres da Capital
Alencarina, sobretudo, na Boate Fascinação, a sua preferida. Aqui deixo o nosso
abraço fraternal ao dileto amigo e sua digna família.No dia 3 foi o aniversário de Antônio Luiz e Olavia
Barreiros, colaboradores do Laboratório Lobo D’Almada, onde a data foi
festivamente comemorada em união fraterna com todos que integram o conceituado
Órgão. No dia 5 foi o aniversário de minha consorte e sócia do Laboratório,
Professora Dra. Maria das Neves Madruga Saraiva, que teve uma dupla
comemoração, primeiro no dito Órgão de Saúde a que integra e depois num almoço
familiar em casa. Foi um acontecimento social comemorado em seu melhor estilo e
a altura do merecimento da Professora Nevinha, que, aos 67 anos, recebeu os
aplausos carinhosos da família, de amigos, ex-alunos e da comunidade Boa
Vistense, a quem prestou inestimáveis serviços por muitos anos, com zelo e
dedicação. No dia 6 foi uma data de consternação doída, que fez lembrar o
lançamento da bomba atômica em Hiroshima e no dia 9 outra em Nagasaki, que
bombardearam de miséria os moradores daquelas cidades, que, após 70 anos,
aquela gente ainda sofre o pesadelo das consequências danosas que a terrível
catástrofe deixou como herança insidiosa para aquela geração. Nesta mesma data
foi comemorado o Dia dos Pais, a que fui agraciado com uma festividade superna
no seio da família, pela comunidade de Boa Vista e pelos integrantes da Rede
Social: Família do Facebook, do WHATSAPP e do E-mail, dos quais recebi
manifestações calorosas de amizade e cordialidade, que me deixaram feliz, no
que agradeço de coração. No dia 11 foi o aniversário natalício do Dr.Cardoso,
titular do Laboratório Pasteur, que no transcorrer de seus 40 anos de
profissionalismo, tem prestado um ótimo serviço de saúde a comunidade a que
serve, a quem enviamos nossas congratulações, formulando votos de felicidades,
muitos anos de vida e grandes realizações futuras.
No decorrer
do mês que ora finda muita miséria aconteceu em nosso País. Uma inflação
galopante aturdindo a mente de todos. Os salários defasados em contraste com a
elevação dos custos de um modo geral. O desemprego atingiu o patamar mais
alarmante dos últimos tempos. Uma roubalheira infernal sucateando nossa
soberana Nação e o povo, como sempre, sendo a vítima sem dó desse descalabro.
Uma carga tributária impiedosa e ainda estão querendo empurrar de goela abaixo
de uma comunidade arquejando, a famigerada volta da CPMF, como um golpe de
misericórdia nocauteando nossa gente indefesa, digna de compaixão. A Saúde
Pública está calamitosa, com gente morrendo no chão frio dos Hospitais e Casas
de Saúde. A Segurança Pública vencida pela marginalidade, armada até o gogó com
artefatos bélicos de tecnologia moderna. Acordo cedo e acompanho o noticiário
televisivo da Bandeirante, Record, SBT e Rede Globo e é de fazer pena as cenas animalescas
de chacinas que ocorrem em todo o País, com inúmeras famílias sofrendo a morte
de entes queridos que se foram, jovens, crianças, adultos e idosos que perderam
a vida cruelmente e sem saberem o motivo desses atos tão nefandos, a semelhança
do que ocorreu recentemente na grande São Paulo, onde 19 pessoas perderam a
vida e até aqui não se sabe quem foram os sanguinários desumanos. Outra chacina
recente tirou a vida de 34 pessoas, em 72 horas, na cidade de Manaus e os
culpados ainda estão no anonimato, que pena! O Brasil está na trajetória de uma
recessão impiedosa e degradante. A energia elétrica está com o preço
astronômico, com a falta de luz que ocorre a todo instante na maior parte do
País. Racionamento e até mesmo a falta de água ocorre rotineiramente em algumas
regiões do País, gerando sofrimento e desconforto para uma gente que não sabe
mais o que fazer. Os meios de comunicação são deficitários a toda prova, com a
telefonia e a internet que funcionam em horário que não se pode prever. Os Planos
de Saúde são, na maioria, deficitários, e quando se carece de um tratamento de
urgência para outro Estado, são impostos obstáculos terríveis e inacessíveis
para quem patrocina o Plano. São greves eclodindo em todo o País, paralisando a
cultura, a saúde pública, a Previdência Social e muitos outros Órgãos, que
exigem direitos que lhe são negados. A
bandidagem tomou conta do País, porque a justiça é morosa e as leis penais
anacrônicas, que não penalizam a altura quem comete o delito, deixando
manietadas autoridades judiciais na hora de proceder o julgamento. O cidadão
sai para trabalhar e não sabe se volta para o seio da família, porque não há
nenhuma segurança pública que o proteja. A classe mais penalizada no meu País
são as pessoas de idade avançada, que são atacadas de forma covarde nas vias
públicas pelos criminosos, que vivem na espreita para praticar o delito e pelos
marginais golpistas plantados como clientes no interior dos Bancos. Quando o
ancião saca seus vencimentos, é atacado pelos bandidos na primeira esquina logo
que deixa o interior do Banco onde fez o saque. As crianças são outras vítimas
indefesas de pedófilos infames e cruéis e a incidência desses trogloditas vem
aumentando consideravelmente em todo o País e eles não têm nenhum receio na prática
da atrocidade. No dia 25 do corrente foi comemorado o dia do soldado, data que
foi festejada em todos os Quarteis de nossa Pátria, com denodo e patriotismo e
com a chama vibrante de eternos vigilantes, que um dia prestaram o fiel
juramento de defendê-la com o sacrifício
da própria vida, se necessário for!
No
dia 28 foi o enlace matrimonial de meu dileto filho Carlos Eduardo Saraiva e
sua consorte Anny Linhares Morais, numa solenidade de humildade e singeleza,
como era da preferência e do agrado dos dois, contando, apenas, com pessoas da
família e alguns amigos do relacionamento de ambos, para quem enviamos nossos
votos de felicidade na nova vida que iniciam, sob as bênçãos do Pai Eterno,
para a honra e glória do Senhor Jesus. Parabéns e que Deus os abençoe em todos
os projetos de sua trajetória nos horizontes verdejantes da vida que prossegue.
No dia 29 foi a data de meu aniversário natalício, com a proteção do Pai Eterno
me concedendo 78 anos de existência como um lídimo vencedor em tudo o que realizei
em meu viver. O dia foi contemplado, incialmente, com a sublime homenagem que
me foi prestada pelo Dr. Francisco Almeida, uma cultura Piauiense de primeira
grandeza, que descreveu a trajetória de minha existência com uma Síntese
Biográfica na poemática dinâmica do cordel em um estilo de muito brilhantismo
digna das melhores referências elogiosas, que será publicada brevemente na
revista mensal De Repente, editada em Teresina – Piauí. Uma homenagem que me
deixou deveras feliz, no que agradeço de coração. O nosso fraternal abraço ao
inestimável conterrâneo, a quem tenho a primazia de ser seu amigo. Outra
homenagem que me deixou enaltecido foi a que me prestou o inestimável amigo
Empresário Professor Dr. Getúlio Cruz, proprietário do conceituado Jornal a Folha
de Boa Vista, de maior divulgação e circulação de nosso Estado, que através da
dinâmica Jornalista Raissa Carvalho, me prestou uma homenagem singular a toda
prova, na edição do dia 29 do mês corrente. Agradeço de coração ao amigo Dr.
Getúlio Cruz por tão bela página de honradez prestada a minha pessoa.
Na
data de 29 recebi as mais belas manifestações de apreço e carinho.
Inicialmente, de minha querida esposa Maria das Neves Madruga Saraiva, que
dedicou absoluto desvelo dedicado a minha pessoa. Um lauto almoço, que reuniu a
família, alguns amigos e os colaboradores do Laboratório Lobo D’Almada, com uma
preparação predileta do Capote com Arroz, comida típica do meu Piauí, entre
outras iguarias, deixando a todos contentes e satisfeitos. A primeira homenagem
por telefone foi da querida filha primogênita Alecsandra Verônica Saraiva,
residente em Natal-RN com o esposo Valdinei e os filhos, meus queridos netos,
Hanna, Hadyja e Huan. De Mossoró veio a mensagem telefônica da filha Ariadna,
do esposo Cleber e os filhos, meus queridos netos, André Luís, Ana Luísa, Alice
e Amanda. De Boa Vista foi a mensagem carinhosa da filha Adriana, do esposo
João e os filhos, meus queridos netos, Matheus, Lucas e Marcos. Mensagem
afetuosa do querido filho Carlos Eduardo e da esposa Anny Linhares. Mensagem
prestimosa da Associação Comercial e Industrial de Roraima, da qual sou
Diretor, do Presidente João Mene, do Vice Presidente Joaquim Santiago, Antônio
Carmelo, Paulo, da amiga Olga Pereira e de toda Diretoria que amamos de coração.
Aqui deixamos a todos a nossa mais afetuosa gratidão. O meu aniversário foi
festivamente comemorado e recebi congratulações de várias regiões do País. De
Teresina, do amigo irmão Osvaldo Campos. Dos queridos sobrinhos Lhoana Costa.
Anna Carolyne Brito. Maryneves. Edilane. Ticiana. Joana Dack. Evandro Gomes.
Brenda Bandeira. Dos amigos Francisco Almeida. Da Funcor do amigo Pedro Costa.
Altevir Esteves. Maria de Jesus Lima. Socorro Carvalho. De Alto Longá, dos
queridos amigos e conterrâneos Miramar Feitosa. Maria Ivandete. Isolete Vieira.
Mayara Ibiapina. Lúcia de Fátima. Edvaldo Vilanova. De João Pessoa, os diletos
amigos Walter Albuquerque. Nerivaldo Lopes e D. Graça. Marízio Araújo. Walter
Maia do Rego. Paulo Montenegro. Compadre amigo Virgílio Martins. Juliane
Wanderley. De Brasília, me veio a mensagem do amigo Antonino Teles. Divina
Melo, de São Paulo. Alessandra Câmara e Rosileide Brito, de Natal. Odineia
Lira. Ricardo Madeira e Judd Catrine, de Manaus. Domingas Matos, de
Piracuruca-Piauí. Do amigo José Saturnino, do Rio de Janeiro. De Cruzeiro do
Sul - Acre veio a mensagem do amigo Silvestre Teles. De Boa Vista foram
diversas homenagens amigas que recebi: Severo Ávila. Daniel Marques. Rogério
Amaro. Cel. Pacheco. Adson Silva. Patrícia Melo. Juliana Rocha. Vitória Aguiar.
Nara Peixoto. Jesus Nakai. Augusta Gomes. Haydée Abreu. Jussara Bednarczuk.
Aline Rocha. Karoliny Oliveira. Socorro Costa. Luizanette Franco. Olavia
Barreiros. Antônio Luiz. Minha linda afilhada Raminny Sarmento. Sei que outras
pessoas me prestaram homenagens, mas a memória não acusa do momento, todavia,
deixo aqui meu terno agradecimento.
Que
Deus abençoe a todos e a distinta família de cada um, com os votos perenes de
muitas felicidades, paz espiritual e grandes realizações futuras. “O Deus que
fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não
habita em santuários feitos por mãos humanas.” (Atos 17.24).
Boa Vista – Roraima 31 de Agosto de
20015.
________________________________________________
Dr. Francisco de Assis Campos Saraiva
Membro da ALB e da ALLCHE
E-mail: ldalmada@hotmail.com
FRANCISCO DE ASSIS
SARAIVA
É DECENTE ATÉ COM RAIVA
Há vinte
e nove de agosto,
Trinta e
sete, ano corrente,
Nasceu em
Alto Longá
De um
casal benevolente,
O pequenino
Francisco
Enfrentando
todo risco,
Pelo o
atraso existente.
Seu nome
foi escolhido
Com
requinte de exigência,
Pois São
Francisco de Assis
Deu
início à sequência,
E daí só
homem santo
Portador
de muito encanto,
Até Papa
de influência.
Francisco
significa
Ternura,
serenidade
E
franqueza sem fraqueza,
Com
responsabilidade,
Sobremodo
afetuoso
E também
harmonioso,
Defensor
da liberdade.
Foram
seus dignos Pais
Cantídio
e Dona Marica,
Ela, honrada
católica
Com aura
bastante rica
Ele, bom
comerciante
E
político atuante,
Um casal
que frutifica.
Aquele
belo convívio
Durou
apenas dez anos,
Para
Cantídio Saraiva,
Deus
fixou outros planos.
Levando-o
para o céu
Por ser
um servo fiel
Que não
cometia enganos.
Porém,
Marica Saraiva
Não se
deixou abater,
Criou os
seus três filhos
Com
carinho e benquerer,
Educando-os
com zelo
Sem
cometer atropelo,
Foi Mãe e
Pai pra valer.
Na
criação dos sobrinhos
Marica se
fez presente,
Filhos da
irmã Adalgisa
Que
morreu precocemente,
Era um
poço de ternura,
Força e
bastante bravura,
Uma
mulher competente.
Os dois
irmãos de Francisco
São
Wolmário e Walmira,
Esta,
gigante mulher,
Que
sempre correto agira,
Sucedeu à
genitora
Como
excelente pastora
Que o
longaense admira.
Wolmário,
servidor público
De
bastante coerência,
Walmira
também o foi
De
elevada competência,
Religiosidade
pura,
Capacidade
e ternura,
Uma
mulher de excelência.
Ainda com
pouco idade
Francisco
era curioso,
Um menino
inteligente,
Comportamento
charmoso,
Sempre
pensou no futuro
Que nem
um homem maduro,
Bastante
criterioso.
Na Escola
Acrísio Veras
Fez o seu
curso primário,
Ainda em
Alto Longá
No rincão
do seu berçário,
Concluindo-o
em cinquenta
Mas ali não
se contenta,
Procurando
outro cenário.
No ano de
cinquenta cinco
Trabalhando
em Fortaleza,
Na filial
das Casas Novas
Para sua
grande surpresa,
Encontrou-se
com Pedrinho
Um
excelente amiguinho,
Repleto
de gentileza.
Pedrinho
era seu colega
Do
tempo de Teresina,
Antes
de João Pessoa,
Na
terra da cajuína,
Estudou
no João Costa
Com
atitude disposta
Cumprindo
bem a sua sina.
Apresentou-se
ao Exército
Por aviso
de Pedrinho,
Também o
colega Ermeudo
Seguiu o
mesmo caminho,
Os três foram
recrutados
E depois
incorporados,
Sem
precisar de padrinho.
Fez o Curso
Ginasial
Na Capital
João Pessoa,
No Estado
da Paraíba,
E ao
estudo se afeiçoa,
Em sessenta, concluindo
E para
frente seguindo,
Cada dia
se aperfeiçoa.
Na mesma
João Pessoa,
Cursou o
Colegial
Com
término em sessenta e três
No
Colégio Estadual,
E com
elevado anímico
Fez Farmacêutico
Bioquímico,
Na famosa
federal.
No ano de
sessenta e seis
Encontrou
uma princesa,
Casou com
Maria das Neves
Que lhe
deu muita firmeza,
Uma
paraibana nata,
Invejável
diplomata,
Verdadeira
consulesa.
A NEVINHA
é companheira
Do mais polido
quilate,
Decente
dona de casa
No tema
ninguém lhe bate,
Profissional
de mão-cheia
Faz muito
e não alardeia,
Vencendo qualquer
combate.
Ao lado
de um grande homem
Há uma
mulher brilhante,
Sozinho
não se faz nada
Precisa-se
de ajudante,
Um homem
que tem história
Repartirá
sempre a glória
Com uma
mulher gigante.
Fez Curso
Superior
Em Estudos
Sociais,
Também
cursou história
Registrando
nos anais,
É
professora querida
E
satisfeita da vida
Em todos
memoriais.
Nascem
cinco belos filhos
Deste consórcio
sagrado,
Alecsandra,
em primeiro,
Depois
Ricardo adorado,
Adriana
mais Andréia
Bem-queridas
da plateia,
Com Ariádna,
findado
Saraiva
tem muitos cursos,
Ao estudo
está atento,
Grande
profissional
Sem
qualquer abatimento,
Seja Parasitologia
Ou mesmo
Imunologia,
Ele tem
conhecimento.
Não fica
só em sua área
Domina Sociologia,
Ciências
em geral
E até Micologia,
Nossa Língua
Portuguesa
Ele sabe,
com certeza,
História
e Geografia.
Faz
aperfeiçoamento
Como
medida constante,
Tem curso
de toda espécie
É um
cidadão brilhante,
Até mesmo
em Radioquímica
Ou mesmo
em Físico-Química
Detém
domínio bastante.
E em Farmacodinâmica
Tem vasto
conhecimento,
No tema Farmacognosia
Fez
aperfeiçoamento,
Sem
esquecer Bioquímica
E
Microbiologia Clínica
Que tem bastante
talento.
De Oficial
Farmacêutico,
Fez Curso
de Formação (1970),
Do
Exército Brasileiro
Com muita
dedicação,
Teve o
primeiro lugar
Com
Medalha a brilhar
Como
grande galardão.
Participou
de Congressos
Em
quantidade expressiva,
Indo de Análises
Clínicas
À Botânica
Curativa,
Farmácia
e Bioquímica
E de
Patologia Clínica
Com
atuação ativa.
E
participou de estágios
Também
nas áreas citadas,
Em Bioquímica
Clínica
Com
energias vigoradas,
E em Análises
Clínicas
De
abrangências policlínicas,
Com práticas
apuradas.
Tem
títulos tão merecidos
Que pra
contar dá trabalho,
Na área
de Análises Clínicas
Tem firmeza
de carvalho,
Nos Amadores
de Rádio
Brilhante
que nem paládio;
No Rotary,
tem agasalho.
Seus
diplomas são inúmeros
Com
honras muito diversas,
Partindo do
Norte ao Sul,
Sem
existir controversas,
Um
cidadão de destaque
Em
liderança é um craque,
Mesmo em ações
adversas.
Tem tanto
certificado
Que só um
bom contador
Poderá
dar somatório
Sem
manifestar temor,
Fez parte
de tanto evento
Que só em
lote de cento,
Poderá
ter seu valor.
Tem laços
com entidades
Cultural
e Científica,
Representação
de Classe,
Dando ajuda
magnífica,
Na
profissão militar
E
farmácia pra curar,
Detém
atitude aurífica.
Já ganhou
muitas Medalhas,
Teve Condecorações
Do
Exército Brasileiro,
Em
gigantes proporções,
Prestou Labor
Relevante
Pois
sempre foi atuante
Nas eleitas
profissões
E na Área
Cultural,
Sem
esquecer da Esportiva
Tem
prestação de serviços
Com
presença bem ativa,
Rotariano
dedicado
Já foi
até diplomado
Com Presidência
Altiva.
É grande
empreendedor
E
registrou a sua marca,
Em ímpar LABORATÓRIO,
Em Boa
Vista, Comarca
Empresa
LOBO D’ALMADA
Sobremaneira
estimada,
É um
sócio patriarca.
Tem
muitas publicações
De diversos
conteúdos,
Livros e
vários artigos
De
ensinamentos graúdos
É humana
enciclopédia
Está
acima da média
Não se
envolve com miúdos.
Uma
atividade física
É de
importância tamanha,
Um
suporte espiritual
É de
remover montanha,
Com
alimento adequado
Com tudo
balanceado,
O nosso organismo
ganha.
Faça
parada por dia
Pra fazer
reflexão,
Quer pra
orar ou rezar
Ou mesmo
meditação,
Pode ser
relaxamento
Ou algum
divertimento,
Segundo
sua vocação.
Fiz este
belo cordel
Inspirado
por MARIA,
Pois para
o Doutor SARAIVA
Sempre
foi estrela guia,
Uma vida
com sucesso
Labuta e
muito progresso
Que
obrigação não adia.
Querido
Doutor SARAIVA
Cidadão
de muita garra,
Este
cordel é presente
Cantado como
cigarra,
Por seus
setenta e oito anos
Que não
sofra desenganos,
Sem jamais
forçar a barra.
Referências:
-Curriculum vitae do Dr. Francisco de Assis Campos Saraiva;
-http://corpomenteemocao.blogspot.com.br/2013/08/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html
- acesso em 10/08/2015;
-http://www.itacor.com.br/site/fundacao-marica-saraiva/ - acesso em 11/08/2015;
-http://franciscospid.blogspot.com.br/2013/08/maria-das-neves-madruga-saraiva.html - acesso em 08/08/2015.
Artigo: CASA GRANDE E SENZALA: O NEGRO NA FORMAÇÃO CULTURAL BRASILEIRA
Larissa Valcácer[1]
RESUMO: O presente trabalho
tem por objetivo apresentar a obra Casa Grande e Senzala atentando-se para a
figura do negro na América Portuguesa rural, patriarcalista e escravocrata.
Gilberto Freyre por meio de uma abordagem inovadora valoriza o negro e mostra
sua importância para a sociedade brasileira assim como evidencia as principais
contribuições desses africanos para a formação da cultura brasileira.
PALAVRAS CHAVE: Casa
Grande e Senzala, Gilberto Freyre, Negros, Cultura Brasileira.
ABSTRAT: This work Aims
presente the Works Casa Grande e Senzala Paying attention q to figure the black
in Portuguese America rural, Patriarchalist and slave. Gilberto Freyre throung
na approach innovative values the black and shows its importance for Brazilian
society as evidence of the main contributions these Africans to formation of
Brazilian society.
O CLÁSSICO CASA GRANDE E SENZALA
A
obra Casa Grande e Senzala publicada em 1933, é um dos clássicos da
historiografia brasileira. O sociólogo Gilberto Freyre apresenta a importância
da Casa Grande e da Senzala na formação sociocultural, assim como analisa a
formação da sociedade brasileira no contexto da miscigenação entre brancos,
negros e índios. A obra escrita de forma clara e envolvente nos leva a
mergulhar pelo período colonial da história do Brasil marcado por uma sociedade
rural, patriarcal, e escravocrata. A família patriarcal é considerada a mola
central do Brasil distinguindo a sociedade brasileira, sendo o sentido profundo
da construção do país a matriz histórico- cultural ao redor da Casa Grande. Os
cinco capítulos que compõe a obra retratam dos mais variados temas, entre eles
podemos citar: A influência Portuguesa no Brasil, a formação hibrida da
sociedade baseada em uma vida agrária e patriarcal, o processo de miscigenação
por meio da descrição da alimentação, arquitetura, vida sexual, e religiosa, as
motivações que levaram os portugueses a Expansão Marítima, a adaptação do
português ao Brasil, a importância do índio e do negro, as várias influências
da cultura negra no Brasil assim como sua valorização, entre outras abordagens
importantes.
Casa
Grande e Senzala é considerada uma obra de caráter histórico-social inovador
pois apresenta uma perspectiva a frente dos parâmetros teóricos e metodológicos
discutidos pelos precursores das ciências sociais no Brasil. Já na década de
30, Freyre antecipa muitos aspectos considerados renovadores pela “nova
história” praticada na França em meados da década de 60. A cerca desses
aspectos renovadores do autor que é perceptível na obra, podemos começar pela
abordagem da vida cotidiana e íntima assim como o olhar para temas até então
desprezados pelos pesquisadores da época. Temas como alimentação, habitação,
vestuário, sexualidade, infância, história das mulheres, história do corpo, e
estudo da cultura material são apenas alguns exemplos de objetos de estudo até
então negligenciados.
A
história da alimentação é um dos temas bastante recorrentes nas obras de
Freyre. O autor em vários momentos elogia a culinária Pernambucana, e expõe vários
tipos de comida ligando-as a valores como a hospitalidade, masculinidade e
feminilidade, além disso retrata os tipos de dietas e insuficiências. Outros
temas bastante evidenciados são a sexualidade e a infância. No que se refere a
infância o autor apresentou bastante interesse, tanto que de quatro artigos por
ele publicados para o diário de Pernambuco nos anos 20 tratavam das crianças
incluindo seus livros e brinquedos. O olhar sobre a infância pode ser observado
em Casa Grande com fragmentos que apresentam jogos e brinquedos de crianças
brancas, negras e índias, seus estudos, e como no Brasil colonial meninos de
dez anos eram mini adultos obrigados a se comportarem como gente grande. Sobre
a sexualidade, Freyre aborda o clima de intoxicação sexual que marcou nosso
passado colonial desde a chegada dos Portugueses. De forma despojada ele fala
do erotismo entre índios, negros e portugueses, e das relações entre a
sexualidade e a sociedade colonial.
Freyre inovou e avançou
igualmente no esforço, coroado de êxito, de inserir o domínio da sexualidade na
totalidade social produzindo reflexões maduras e fecundas, apesar de seus pouco
mais de 30 anos, sobre as relações entre sexo, poder, família, religião,
hierarquias sociais, sociabilidades, cotidiano, e para usar uma expressão hoje
na moda, relações de gênero. (VAINFAS,
2014, p.285)
Por
fim podemos traçar mais dois aspectos teóricos e metodológicos renovadores em
Gilberto Freyre por meio de Casa Grande e Senzala e em sua produção como todo,
são estes a abordagem Multidisciplinar e o uso de vastas fontes de pesquisa. O
autor utilizou-se da contribuição de diferentes disciplinas e descreveu seus
livros como contribuições a Sociologia, e a Antropologia. Em relação as fontes,
Freyre recorreu a um âmbito extraordinariamente amplo. No prefácio a primeira
edição da obra, o autor descreveu as fontes que pesquisou dentre elas:
confissões e denúncias reunidas pela visitação do Santo oficio, cartas de
sesmarias, testamentos, cartas e arquivos de família, livros e cadernos de
modinhas, livros de receitas de bolo e doces, coleções de jornais, relatos,
cantigas e contos do folclore rural, relatos de ex escravos, literaturas do
romance brasileiro, entre outros. Muitas dessas fontes eram consideradas
marginais no período em que o autor realizou sua pesquisa, no entanto,
proporcionaram uma marca detalhada, abrangente e inovadora.
Casa Grande e Senzala é uma obra de
valor inquestionável para a análise do Brasil, revelando um painel instigante
da formação da sociedade brasileira na época colonial. Apesar de tamanhas
discussões relevantes, destaco a exposição do autor ao retratar os negros na
sociedade colonial brasileira, algo que pretendo aprofundar principalmente no
que se refere a sua importância, valorização e influências para a cultura
brasileira.
O
NEGRO EM CASA GRANDE E SENZALA
Gilberto
Freyre ao longo do livro Casa Grande e Senzala faz referências constantes a
figura dos negros na sociedade colonial brasileira. O autor reservou dois
capítulos de sua obra, cujo título é “O escravo negro na vida sexual e de
família do Brasileiro” para uma análise mais aprofundada desses povos que
vieram do continente Africano abastecer a mão de obra necessária ao sistema
econômico aqui implantado. A partir da análise do autor procurarei destacar e
aprofundar dois aspectos constantes na obra, primeiramente a importância e
valorização atribuída aos negros e depois procurarei destacar as influências e
contribuições para a cultura brasileira.
Como
dito anteriormente é perceptível a discussão do autor no que concerne a
valorização que o mesmo atribui ao negro no Brasil. Freyre considera imensa a
importância do negro, e o exalta em relação ao próprio ameríndio. Segundo ele,
nada seria mais anticientífico do que falar da inferioridade dos negros em relação
aos nativos, todos os traços da cultura material e moral revelavam os negros
como povos mais adiantados em condições de concorrer melhor com os índios e até
mesmo com os Portugueses. Para sustentar sua afirmativa, o autor nos mostra alguns
aspectos que a justificam como a superioridade técnica e de cultura dos negros,
a superioridade biológica e psíquica, e também a contribuição dos negros para a
formação econômica e social.
Escrever que nem pelos
artefatos, nem pela cultura dos vegetais, nem pela domesticação das espécies
zoológicas, nem pela constituição da família ou das tribos, nem pelos
conhecimentos astronômicos, nem pela criação da linguagem, e das lendas, eram
os pretos superiores aos nossos silvícolas, é produzir uma afirmativa que
virada pelo avesso é que dá certo. (FREIRE, 2006, p. 370.)
O
negro apresentado na obra é extrovertido, alegre e adaptável. Filho dos
trópicos, é integrado ao clima e as condições de vida brasileira. A adaptação a
vida nos trópicos explica em parte terem sido na América Portuguesa os maiores
e mais plásticos colaboradores dos brancos na obra de colonização agrária, assim
como no processo civilizador no sentido Europeizante. Dessa forma, os negros
aqui instalados diante da sua fertilidade para com as regiões quentes
contribuíram consideravelmente ao sistema econômico, além disso serviram
enquanto propagadores da cultura europeia ensinando muitos índios a língua
Portuguesa e aspectos da religião católica.
Admitido esses aspectos o autor fala dos antecedentes e predisposições
da cultura do africano como a dieta e o regime alimentar. No caso dos negros em
comparação aos povos nativos do Brasil, tem-se que sua superioridade de
eficiência econômica e eugênica podem ser atribuídos ao fato dos mesmos terem
um regime alimentar bem mais equilibrado e rico do que os outros povos que não
tinham a cultura da criação de gado e da plantação, vivendo como nômades.
Um
outro aspecto importante que colabora a valorização dos negros a partir da
obra, é a desmistificação do autor em relação as hipóteses relativas a inferioridade
dos negros baseadas nas medições do peso e da estrutura dos cérebros, assim
como pelas influencias climáticas e o regime alimentar que influíam no
comportamento dos mesmos. Freyre ao falar das raças e das teorias biológicas,
expõe que a inferioridade ou superioridade de raças pelo critério da forma do
crânio já não tinha o mesmo crédito, o que contava eram as diferenças culturais
que se construíam historicamente. Para ele, os negros em nada apresentavam
traços de capacidade mental inferior aos brancos. Se havia diferenças, estas
foram criadas pelas relações estabelecidas entre os homens com interação ao
meio ambiente, clima, entre outros. “O que se sabe das diferenças da estrutura
entre os crânios de brancos e negros não permite generalizações. Já houve quem
observasse o fato de que alguns homens notáveis tem sido indivíduos de crânio
pequeno, e autênticos idiotas, donos de crânios enormes” (FREIRE, 2006, p.
378.)
Dando
continuidade aos argumentos de Freyre no que se refere a demostrar a
importância dos negros vindos para o Brasil, podemos traçar o fato de que o
autor refuta o mito do exclusivismo banto no Brasil, mostrando a variedade de
negros vindos de diversas regiões da África e o benefício que a América Portuguesa
teve no que se refere ao melhor da cultura negra. Nagôs, iorubas, hauçás, entre
outras etnias teriam vindo ao Brasil e exercido um papel fundamental na
formação cultural dos brasileiros. Sobre as características físicas, o autor
coloca que os negros conhecidos por Fulas eram escravos de cor avermelhada, cabelos
quase lisos, e nariz afilado, negros desse estoque eram considerados superiores
aos demais. Além disso, teriam vindo ao Brasil um grande número de negros
islamizados que sabiam ler e escrever. Esses negros conhecidos por Sudaneses
eram de enorme proeminência intelectual e social, muitos eram bastante ativos
tendo uma organização política bastante adiantada, literatura religiosa
definida não podendo se conformar ao papel de manés- gostosos dos Portugueses
muito menos água benta do batismo cristão que de repente apagaria neles o fogo
maometano. O islamismo teria se ramificado de forma poderosa no Brasil por meio
desses escravos mestres e pregadores, florescendo enquanto seita bastante
poderosa no interior das senzalas. Diante de tamanhas características
apresentadas por Freyre rebatendo a tese de que os negros vindos para cá eram
meros objetos sem inteligência ou capacidade intelectual, o autor coloca que a
superioridade dos negros do Brasil era evidente em comparação aos negros que
atuaram enquanto mão de obra nos Estados Unidos.
Não há, porém, evidencia
nenhuma de emigração africana para a América inglesa levando consigo
fula-fulos, pelo menos na mesma proporção que para a América Portuguesa, nem
representantes tão numerosos da cultura maometana. Esta só no Brasil
desabrochou em escolas e casas de oração, em movimentos e organizações que
acusam a presença de uma verdadeira elite malê entre os colonos africanos do
nosso país. Parece que para as colônias inglesas o critério de importação de
escravos da África foi quase exclusivamente o agrícola. O de energia bruta,
animal, preferindo-se, portanto, o negro resistente, forte e barato. Para o
Brasil a importação de Africanos fez-se atendendo-se a outras necessidades e
interesses. Á falta de mulheres brancas, as necessidades de técnicas em
trabalhos de metal, ao surgirem as minas. Duas poderosas forças de seleção. (FREIRE,
2006, p.388)
Os negros importados para o Brasil teriam tido
uma importante função civilizadora. Freyre aprofunda essa discussão e expõe que
os escravos vindos de áreas adiantadas do continente Africano foram elementos
ativos, criadores até pode-se dizer nobres na colonização do Brasil, degradados
somente pela sua condição de escravos. Longe de terem sido apenas animais de
tração e operários de enxada a serviço da agricultura, desempenhavam uma função
civilizadora. Foram a mão direita da formação agraria brasileira sendo os
índios e os Portugueses a mão esquerda. E não somente na agricultura mas também
na mineração e na culinária a superioridade no negro mostrava-se evidente.
Os
negros fugidos nas matas e nos Sertões, exerceram essa função civilizadora
elevando a cultura das populações indígenas e raramente deixavam-se degradar
por elas. Caboclos e negros, foram elementos europeizantes agentes de ligação
com os Portugueses e a igreja. O Brasil não havia se limitado a recolher da
África uma “lama” de gente preta para os canaviais e cafezais, ao contrário,
vieram donas de casa para os seus colonos sem mulheres brancas, técnicos para
abastecer as minas, negros conhecedores da criação de gado, comerciantes,
mestres, sacerdotes, entre outros. A cultura brasileira segundo Freyre teria
sido agraciada pela variedade de negros superiores aqui instalados que
contagiaram e enriqueceram nossa cultura.
Um
outro ponto bastante destacado no livro em relação aos negros é a sua condição
de escravo, ou seja, o autor deixa claro que sempre que consideramos a
influência do negro é a ação dos mesmos enquanto escravos e não a do negro por
si. Como forma de exemplificação dessa atitude Freyre coloca que geralmente
fala-se que a raça africana é cheia de luxurias, erotismo, depravação sexual e
que as negras importadas teriam corrompido a vida sexual da sociedade
brasileira. Para o autor isso não tinha fundamentos, o que explicava a
depravação sexual no Brasil era o sistema escravista aqui instalado.
É absurdo
responsabilizar-se o negro pelo que não foi obra sua nem do índio, mas do
sistema social e econômico em que funcionaram passiva e mecanicamente. Não há
escravidão sem depravação sexual. É da essência mesma do regime. Em primeiro
lugar, o próprio interesse econômico favorece a depravação criando nos
proprietários de homens imoderado desejo de possuir o maior número possível de
crias. (FREIRE, 2006, p.399)
Ao
contrário do que muitos pensavam o autor mostra que o sistema escravista
propiciou a contaminação sexual no Brasil. Em seus argumentos na defesa dos
negros diante dos preconceitos ele rebate a ideia de que a luxúria, a
depravação sexual e o erotismo viessem de sua influência, pelo contrário, nas
culturas africanas teria havido uma maior moderação sexual em relação aos
europeus. Os negros haviam se sifilizado no Brasil e muitos senhores de engenho
teriam contaminado uma massa de escravos nas senzalas coloniais. O autor
argumenta que muitos senhores das casas grandes contaminaram as negras das
senzalas, incluindo as negrinhas virgens de 12 e 13 anos. O interesse do homem
branco era multiplicar o número de escravos, sendo a lubricidade brasileira
atribuída por ele. Não era culpa do negro, visto que não há escravidão sem
depravação. Os brancos teriam sido alvo de muitas ações violentas sobre o negro
por meio de relações cruéis e cheias de maldade.
Não era portanto o negro o
libertino, mas o escravo a serviço do interesse econômico e da ociosidade
voluptuosa dos senhores. Não era a “raça inferior” a fonte de corrupção, mas o
abuso de uma raça por outra. Abuso que implicava conforma-se a servil com os
apetites da todo-poderosa. (FREIRE, 2006, p.402)
Diante
de tantos exemplos citados, é possível notar que Gilberto Freyre inova ao
retratar e expor o negro em Casa Grande e Senzala. O autor diferente de outros
pesquisadores que qualificam os negros como meros coitados explorados pelo
sistema escravista, o eleva a um patamar de Ser ativo e superior cujas
qualidades são inegáveis e inquestionáveis. Dessa forma, podemos nos perguntar o
Porquê de tamanhas defesas e importâncias atribuídas aos negros por meio da
obra. Gilberto Freyre na verdade estava a todo instante procurando se opor as
teses de inferioridade racial. Para isso o autor descreveu minuciosamente a
variedade cultural africana, as vantagens dos escravos brasileiros em relação
aos escravos americanos, a elevação cultural e intelectual desses escravos,
entre outras questões já discutidas que não atribuíam aos negros os males do
país e sim a um sistema social aqui implantado.
O
livro Casa Grande e Senzala também contempla uma variedade de contribuições e
influências dos negros para a sociedade brasileira. O autor coloca que todo
brasileiro mesmo alvo e de cabelo loiro traz na alma e no corpo a sombra do
indígena e do negro.
Na ternura, na mimica
excessiva, no catolicismo em que se deliciam nossos sentidos, na música, no
andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão
sincera de vida, trazemos quase todos a marca da influência negra. Da escrava
ou sinhama que nos embalou. Que nos deu de mamar. Que nos deu de comer, ela
própria amolengando na mão o bolo de comida. Da negra velha que nos contou as
primeiras histórias de bicho e de mal-assombrado. Da mulata que nos tirou o
primeiro bicho-de pé de uma coceira tão boa. Da que nos iniciou no amor físico
e nos transmitiu, ao ranger da cama de vento, a primeira sensação completa de
homem. Do moleque que foi o nosso primeiro companheiro de brinquedo. (FREIRE,
2006, p .367)
Gilberto
Freyre ao retratar as influências culturais dos negros africanos, (influências
positivas) foi bastante revolucionário para a época, visto que a mesma era
marcada por pregar a pureza, o branqueamento, e a europeização da raça. Freyre
foi o primeiro a afirmar com todas as letras que a nossa miscigenação cultural
e racial era um verdadeiro triunfo. Primeiramente podemos começar pelos
contatos entre as amas de leite e seus nhonhôs, no qual o autor expõe que já
nos contatos estabelecidos entre a mãe preta e esses meninos brancos havia
ternura como de mãe para filho. Ao contrário do que muitos falavam que as amas
de leite só transmitiam coisas ruins para os meninos brancos, o autor argumenta
que as crianças recebiam dessas escravas muitos afagos de ternura e bondade,
tendo o europeu sido humanizado pelo negro que era mais bondoso do que seu
senhor e o enriqueceu por meio do seu contato.
As
amas de leite ao cuidarem dos meninos brancos transmitiam inúmeros ensinamentos
provenientes da cultura africana. No livro o autor expõe que essas escravas
eram verdadeiras contadoras de história, as negras velhas contavam histórias
mal assombradas, contos, histórias de bichos, entre outras que se juntavam as
histórias portuguesas e que eram passadas a várias gerações. Baseado nessas
histórias o autor conclui que o brasileiro é um povo místico que acredita no
sobrenatural, e atribui a essas negras contadoras de histórias em parte a
construção desse imaginário. Elas também foram responsáveis pelo amolecimento
da linguagem infantil. Pronunciadas de forma dura pelos portugueses, algumas
palavras pronunciadas no Brasil eram amaciadas pela influência da boca
africana. Palavras até hoje utilizadas em nosso vocabulário como cacá, pipi,
bumbum, neném, tatá, dindinho, e mimi são alguns exemplos. Freyre nos mostra
também que não somente a linguagem infantil mas também a linguagem séria sofreu
muitas modificação por meio essa espécie de “amolecimento” provocada pelo
contato do senhor com o escravo. Dentre as palavras de origem africana que
ainda hoje estão enraizadas em nossa cultura por meio da influência dos negros
tem-se: cafuné, dengo, mandinga, caçula, bunda, vatapá, catinga, mucama,
mocotó, entre outras.
Um
outro traço importante e bastante enfatizado na obra a partir da infiltração da
cultura negra na vida do brasileiro é a culinária. Os negros foram povos que
dominaram a cozinha colonial enriquecendo-a com inúmeros sabores novos. Muitos
pratos hoje conhecidos em nossa culinária atual possuem raízes negras e são mostrados
na obra, alimentos pura ou predominantemente africanos.
No regime alimentar
brasileiro a contribuição africana afirmou-se principalmente pela introdução do
azeite de dendê e da pimenta malagueta, tão característicos da cozinha baiana;
pela introdução do quiabo, pelo maior uso da banana, pela grande variedade na
maneira de preparar a galinha e o peixe. Várias comidas portuguesas ou
indígenas foram no Brasil modificadas pela condimentação ou pela técnica
culinária do negro, alguns dos pratos mais caracteristicamente brasileiros são
de técnica africana: a farofa, o quibebe, o vatapá. (FREIRE, 2006, p. 544)
Dessa
forma podemos concluir que Gilberto Freyre soube como ninguém reconhecer e
salientar a importância da cultura africana para a formação social brasileira.
A contribuição dos negros é para o autor muito além do esforço físico. Os
africanos aqui na América Portuguesa deram fundamentais contribuições culturais
ao povo brasileiro, como por meio das técnicas, do vestuário, da música, da
fala, alimentação, práticas artesanais, medicinais e religiosas, entre outros.
O
livro Casa Grande e Senzala traz um panorama geral sobre o Brasil colonial
patriarcalista e nos faz refletir sobre o “ser” brasileiro. Gilberto Freyre
recebeu e até hoje recebe inúmeras críticas de conservador, idealizador do
patriarcalismo, autor imaginativo, entre outras que em nada diminuíram o seu
reconhecimento fora do Brasil e o valor inestimável de suas obras. Pelo contrário,
Freyre é aclamado no exterior como inovador e respeitado nos vários círculos de
intelectualidade sendo Casa Grande e Senzala uma obra com inúmeras edições o
que comprova a importância dos estudos e pesquisas feitas pelo autor.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BURKE, Peter. Gilberto Freyre e a nova história. Tempo
Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 9(2): 1-12, outubro de 1997.
CARDOSO, Fernando
Henrique. Pensadores que inventaram o
Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
FREYRE, Gilberto. Casa grande e Senzala: a formação da família
brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Global, 2006.
VAINFAS, Ronaldo. Casa Grande erótica: a sexualidade na obra
prima de Gilberto Freyre. In: CARVALHO, Fábio Almeida de; EUGÊNIO, João
Kennedy, orgs. Interpretações do Brasil. Rio de Janeiro: E-papers, 2014, p.
285-300
[1]
Graduanda do sétimo período do curso de Licenciatura Plena em História da UFPI,
bolsista PET. Artigo orientado pela professora Maryneves Arêa Leão, disciplina: Cultura afro-brasileira 2015,1
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